quinta-feira, 5 de novembro de 2009



CONGRESSO IBEROAMERICANO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Eu e minha filha mandamos um trabalho para este Congresso. O trabalho foi aceito e escolhido para apresentação oral.
O trabalho que apresentamos foi "Educação Ambiental com a comunidade escolar do entorno do Parque Natural Municipal Tupancy - Arroio do Sal -RS
O Congresso aconteceu de 16 a 19 de setembro em San Clemente na Argentina. Foi uma experiência bárbara. Conheci pessoas da Espanha, do México, do Chile, do Uruguai, da Argentina, enfim...foi muito enriquecedor como experiência de vida pessoal e profissional.
Numa das oficinas ficaram em nosso grupo, vários guarda-parques, descobrimos muitos trabalhos de Educação Ambiental publicados por eles. Descobrimos então que por lá os guarda-parques fazem Educação Ambiental enquanto que por aqui eles apenas usam armas para proteger as Unidades de Conservação, sem ter o mínimo conhecimento sobre a importância da conservação destas unidades.
Acima publiquei duas fotos onde eu apareço assistindo a palestra central com Enrique Leff, professor da Universidade Autônoma do México, faculdade de Ciências políticas e Sociais e José Antônio Caride Gómez, catedrático de Pedagogia Social da Universidade de Santiago de Compostela e investigador em Pedagogia-Educação Ambiental e Desenvolvimento Humano - Espanha.
Aconteceu um fato que foi inusitado neste dia porque as palestras aconteceram num parque chamado Termas de Marina que ficava uns 8 Km distante da área urbana. Quando terminaram as atividades, fomos almoçar, visitar o parque e fazer umas comprinhas e não nos demos conta de que a mesa redonda na qual estávamos interessadas aconteceria no centro da cidade. Quando percebemos nos disseram que a última van que iria para o centro estava saindo, então fomos correndo até onde estavam estacionados os carros mas acabamos perdendo a van. Foi aí que apareceu uma Topic, e nós fizemos sinal para que parasse. A Topic parou e perguntamos no nosso "portunhol se estavam indo para o centro e se podiam nos dar uma carona, um homem respondeu em bom protuguês que sim e nos convidou para entrar. Entramos, sentamos esbaforidas da corrida em vão para alcançar o transporte do congresso...Foi então que olhamos bem e descobrimos: eram os próprios: LEFF e GÓMEZ nada menos do que eles os próprios palestrantes que horas atrás assistimos as palestras. Leff falava muito bem português e nós ficamos tão nervosas, falamos pelos cotovelos e esquecemos de registrar este momento. Mas quem sabe ele não lê esta postagem e deixa aqui um comentário.
Eu relaciono a experiência de visitar um país com uma língua diferente embora seja latina como o português com a disciplina de LIBRAS porque é uma língua comparável em complexidade e expressividade a quaisquer outras línguas orais apenas difere por utilizar outro canal comunicativo: a visão ao invés da audição. Eu ficava me sentindo uma estrangeira na aula de LIBRAS e ainda preciso me esforçar muito para poder me comunicar assim como na Argentina eu também achava bastante complicado. Eu me sinto cansada na aula de LIBRAS assim como eu também me sentia na Argentina porque tudo que eu ia falar eu precisava pensar em como me expressar de modo que as outras pessoas me entendessem mas no 4º dia que eu estava lá já estava bem melhor assim como passados alguns meses já consigo me comunicar em LIBRAS. Santomé argumenta que a utilidade social do currículo ajuda a persuadir para que priorize a integração e ir apresentar este trabalho me obrigou a aprender um pouco da língua dos nossos hermanos argentinos porque era necessário que eu aprendesse para que pudesse me fazer entender.

2 comentários:

celilutz1 disse...

Querida Mara:
Fiquei muito feliz, duplamente feliz, ao ler esta postagem.
Que bela experiência que tu e tu filha tiveram. Parabéns! Achei interessante a comparação que fizeste entre LIBRAS e a língua dos hermanos, mas não há como a dedicação, o empenho para superar obstáculos. Sensacional foi vocês terem perdido a condução e com isso terem tido o privilégio de viajar com os palestrantes. Parece mesmo que nada acontece por acaso. Num primeiro momento, muitas vezes não entendemos o motivo de determinado fato ter acorrido.
Grande abraço.
Celi

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Mara, que jóia essa postagem!! Além de relatares a experiência vivida, trazes uma reflexão interligando com a interdisciplina de libras! Parabéns pelo trabalho!! Abração