domingo, 27 de junho de 2010

VIDA AOS EDUCADORES

Neste momento de reflexão acerca do meu trabalho enquanto educadora alguns pensamentos invadem a minha mente e eu faço um paralelo entre o meu fazer antes e depois do PEAD.
Depois do estágio estamos na reta final deste curso que veio legitimar a minha prática e me fazer ousar mais tanto profissional como pessoalmente. Nunca mais seremos os mesmos. Somos agora melhores do que éramos em 2006. Não dá mais para ser ou fazer como antes. Agora somos mais teóricos, temos embasamento. Usamos a tecnologia, coisa que meus colegas ficam assoombrados como eu consigo usar com meus alunos tão pequenos e como eles produzem!
Creio que o PEAD veio para dar vida aos educadores. Sim, porque se não quisermos que a nossa missão desapareça assim como os tropeiros que se meteram para além da correria do mundo civilizado; ou o boticário que foi engolido pelas indústrias farmacêuticas; ou o tocador de realejo que foi abafado pelo barulho das grandes cidades; assim como o caixeiro viajante e tantas outras profissões das quais temos registros históricos.
É por isso que o PEAD, este presente em nossas vidas de educadores veio dar-nos a vida para que possamos a cada dia repensar nossa prática para que não sejamos também engolidos pelo progresso como tantas outras profissões que hoje são lembradas pelas pessoas mais velhas da nossa sociedade e que tendem a desaparecer ou no máximo virar folclore lembrado no mês de agosto.
Bibliografia: Alves, Rubem. O Educador:Vida e Morte. P.15 a 28.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Final de Estágio

Para mim este foi um momento com muitos afazeres tendo em vista que coincidiu com o final do primeiro trimestre nas duas escolas onde trabalho e portanto foi curto o meu tempo para tantas coisas das quais eu precisava dar conta.

Mas refletindo sobre este tempo posso dizer que foi um tempo especial tendo em vista a maneira como foi conduzido pela tutora e pelo orientador. Eles fooram verdadeiros mestres! Me orientando durante estas semanas. Deixavam sempre seus comentários, sugestões e recomendações que me faziam refletir e seguir ou não pelo caminho sugerido mas suas orientações sempre fizeram com que eu pudesse repensar a minha prática ou para enaltecer o meu trabalho.

Fico muito feliz porque Deus colocou estas pessoas em meu caminho. Quero homenageá-los com palavras de Paulo Freire que poderiam definir a sensação que eu tive em relação a eles durante este tempo:
"Quem tem o que dizer dve assumir o dever de motivar, de desafiar quem escuta, no sentido de que, quem escuta diga, fale, responda."(Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, p.44)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ainda refletindo sobre a postagem anterior me lembrei do início do livro do Augusto Cury " O Futuro da Humanidade" onde faz referência aos professores e técnicos acerca das reações de jovens calouros da medicina  ao entrar no laboratório de anatomia pela primeira vez.

Os calouros, encontravam-se diante do caos da morte quando esperavam desvendar os segredos do objeto mais complexo da ciência e por isso os conflitos existencias que permeavam suas mentes geraram um drama nos jovens que eram observados de longe pelos professores e técnicos que riam com prepotência diante do desespero dos alunos.

"no passado também tiveram suas inquietações, mas ao longo dos anos perderam a sensibilidade, obstruíram a capacidade de perguntar e de procurar respostas. Sufocaram seus conflitos, tornaram-se técnicos da vida."(Cury, 2005)

Assim sempre me reportando a sala de aula e a própria vida particular fico pensando em quantas vezes não somos como estes profissionais que naquele momento esqueceram-se dos seus medos, incertezas para julgar a dificuldade dos alunos, filhos ou outras pessoas com as quais nos relacionamos.

Penso que enquanto educadores é muito importante continuar com nossas incertezas, caminhando muitas vezes com dificuldade pela escuridão mas continuar buscando, sensibilizando-nos com as novas propostas pois elas nos farão coontinuar crescendo, nos aprimorando nesta longa caminhada que é a vida.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Edgar Morin escreve: "existem dois tipos de ignorância: daquele que não sabe e quer aprender e a ignorância daquele que acredita que o conhecimento é um processo linear, cumulativo, que avança trazendo a luz ali onde antes só havia escuridão, ignorando que toda luz também produz sombras como efeito" e continua dizendo que temos de aprender a caminhar na escuridão e na incerteza.

Estou lendo o livro Educar na era planetária do referido autor e fico refletindo sobre questões como a abordada anteriormente. Diariamente, encontramos pessoas senhoras de si e que acreditam serem donas do unico e verdadeiro saber mas que sentem-se completamente perdidas quando em seu caminho surge um fato inesperado enquanto por vezes também encontramos pessoas que vivem querendo aprender e que tiram de letra toda e qualquer situação  que por vezes poderia parecer difícil e complicada. Não são raras as vezes em que ocorrem momentos assim. Me parece que manter-se aberto a mudanças e disposto a caminhar seja na luz ou na escuridão, com certeza ou incerteza adaptando-se as mudanças que venham a ocorrer é o melhor que temos a fazer.