ESCOLA DA PONTE EM RONDINHA
Tenho relatado aos professores esta nossa experiência aqui em Rondinha. Temos aqui nossa pequena escola(em número de alunos, mas diga-se, o que vem aumentando a cada ano) mas que é grandona em potencial.
Nossos alunos têm nos mostrado o quanto são capazes de produzir quando instrumentalizados e orientados. É claro que como todas as escolas estaduais, esbarramos em muitas barreiras como por exemplo nossos alunos não terem acesso a informática já que os 3 computadores que utilizávamos no ano passado estão estragados e durante este ano não conseguimos fazer uso desta ferramenta tão importante.
Mas isto não desmerece em nada o trabalho que estamos realizando. Ganhamos este ano alguans livros novos para a biblioteca onde os nossos alunos têm livre acesso para suas pesquisas. Alguns deles têm internet em casa e contribuem trazendo para a escola as pesquisas realizadas.
Também li a reportagem sugerida pelo professor e destaco os quatro pilares em que a educação está embasada, descritos no site www.megamidiagroup.com.br/tammagazine/index2.htm/
1- APRENDER A SER
2- APRENDER A CONVIVER
3 - APRENDER A APRENDER
4 - APRENDER A FAZER
Justamente sobre estes pilares procuramos orientar nossos alunos para que primeiro eles conheçam suas potencialidades, aprendam a conviver com suas qualidades e limitações, com as pessoas que os rodeiam, com a nateruza, aprendam a buscar e organizar seu conhecimento e finalmente que eles apliquem o que aprenderam em atividades práticas.
É lindo vê-los buscando soluções para os desafios que colocamos a eles. Desafios estes que são resolvidos em grupos com alunos de todas as éries do currículo( primeiro começamos com a turma da Stela(1º Ano e a minha(4ª série) mas no final deste ano já estamos trabalhando com todas as turmas.
A seriedade e o compromisso deles com relação as tarefas é incrível!
Para Piaget(1945-1971) o desejo de trocar pontos de vista com outras pessoas auxilia o desenvolvimento do pensamento e outras capacidades.
Termino este relato do nosso trabalho com uma frase de Martin Luther King sobre justamente o 2º pilar citado acima:
"NÓS APRENDEMOS A VOAR COMO PÁSSAROS, A NADAR COMO PEIXES, MAS NÃO APRENDEMOS A CONVIVER COMO IRMÃOS"
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
sábado, 17 de novembro de 2007
O que já era bom, agora ficou melhor ainda!
A Stela e eu estávamos comentando esta semana quantas coisas que nós já fazíamos e que agora estamos recebendo o embasamento teórico de que precisávamos.
Sempre trouxemos muito teatro, jogo, brinquedo, fantasia... para a nossa sala de aula. Nunca fiquei insegura porque sabia que dava certo. Os alunos gostavam e com isto aprendiam e esta era a minha certeza.
Mas agora tenho muito mais convicção ao falar porque tenho onde embasar minhas idéias.
Vigotski em sua obra Linguagem,desenvolvimento e aprendizagem coloca que "do ponto de vista da psicologia da personalidade, os jogos imaginativos com regras e objetivos desenvolvem na criança importantes traços. O primeiro é a capacidade de submeter-se a uma regra, dominando e controlando o comportamento, subordinando-o a um objetivo específico. Também é nesses jogos que a criança faz pela primeira vez sua auto-avaliação. Ela avalia sua destreza, habilidade e progresso comparando-se com os outros participantes do jogo. É a partir dessa comparação que se origina a avaliação consciente eindependente que a criança faz de suas habilidades e possibilidades concretas. Estes jogos também surgem como uma possibilidade de introduzir um elemento moral na atividade da criança que surge da própria ação da criança, da prática, e não de uma máxima moral que ela tenha ouvido."
Piaget (1945-1971) afirma que o intercâmbio cultural realizado na brincadeira propicia à criança desenvolver noções de lógica, pois esta procura usar palavras que são comumente compreendidas, fazer afirmações verdadeiras e pensar logicamente.
Sempre trouxemos muito teatro, jogo, brinquedo, fantasia... para a nossa sala de aula. Nunca fiquei insegura porque sabia que dava certo. Os alunos gostavam e com isto aprendiam e esta era a minha certeza.
Mas agora tenho muito mais convicção ao falar porque tenho onde embasar minhas idéias.
Vigotski em sua obra Linguagem,desenvolvimento e aprendizagem coloca que "do ponto de vista da psicologia da personalidade, os jogos imaginativos com regras e objetivos desenvolvem na criança importantes traços. O primeiro é a capacidade de submeter-se a uma regra, dominando e controlando o comportamento, subordinando-o a um objetivo específico. Também é nesses jogos que a criança faz pela primeira vez sua auto-avaliação. Ela avalia sua destreza, habilidade e progresso comparando-se com os outros participantes do jogo. É a partir dessa comparação que se origina a avaliação consciente eindependente que a criança faz de suas habilidades e possibilidades concretas. Estes jogos também surgem como uma possibilidade de introduzir um elemento moral na atividade da criança que surge da própria ação da criança, da prática, e não de uma máxima moral que ela tenha ouvido."
Piaget (1945-1971) afirma que o intercâmbio cultural realizado na brincadeira propicia à criança desenvolver noções de lógica, pois esta procura usar palavras que são comumente compreendidas, fazer afirmações verdadeiras e pensar logicamente.
Um dia de terror bem brasileiro
Agora vou tentar descrever toda a emoção que eu e minha colega(do PEAD e de trabalho no turno da tarde) Stela sentimos ao realizar um dos trabalhos com nossas duas turmas juntas.
Juntamos nossas turmas e fizemos grupos onde haviam alunos da minha quarta série e do primeiro ano da Stela.
Lançamos a eles um desafio: Um dia de terror brasileiro ao invés de halllowen.
Eles pesquisaram personagens que assustam aqui no Brasil. Eles pintaram caras de cavalo e grudaram nas vassouras da escola,confeccionaram objeto com sucata e fantoches de vara, costuraram uma mula sem cabeça, cataram roupas no baú e apresentaram.
Estou sem palavras para descrever a maravilha de vê-los trabalhando no grupo, pesquisando, confeccionando, ensaiando e apresentando. Foi simplesmente o máximo, maravilhoso, encantador!
Eu e a Stela quase choramos de emoção. Foi indescritível!!!
Estamos tentando fazer a "Escola da Ponte" aqui em Rondinha. Envolvemos também as mamães que nos ajudam com as costuras e tudo o mais que precisar organizar. E que no final ficam como nós, babando com o sucesso dos filhos.
O teatro é um conhecimento que ultrapassa a idéia do desenvolvimento de uma forma de expressividade ou de desinibição, mas que possibilita também o desenvolvimento da operatoriedade(FÜRTH,1987,P.178). Conforme explica Ana Carolina Fucks, o fazer teatral torna possível uma maior compreensão por parte do indivíduo de si e do mundo que o cerca, pois exige uma reestruturação física e mental para tornar materiais e artísticas as idéias que pretende comunicar.
Viola Spolin, pesquisadora norte-americana, desenvolveu o sistema de aprendizado da linguagem teatral baseado na improvisação. A proposta dos jogos teatrais de Spolin está relacionada a "fisicalização", que é tornar físico, expressar e trazer para o plano material o que há no plano das intenções, das imagens, das sensações, dos pensamentos.
Juntamos nossas turmas e fizemos grupos onde haviam alunos da minha quarta série e do primeiro ano da Stela.
Lançamos a eles um desafio: Um dia de terror brasileiro ao invés de halllowen.
Eles pesquisaram personagens que assustam aqui no Brasil. Eles pintaram caras de cavalo e grudaram nas vassouras da escola,confeccionaram objeto com sucata e fantoches de vara, costuraram uma mula sem cabeça, cataram roupas no baú e apresentaram.
Estou sem palavras para descrever a maravilha de vê-los trabalhando no grupo, pesquisando, confeccionando, ensaiando e apresentando. Foi simplesmente o máximo, maravilhoso, encantador!
Eu e a Stela quase choramos de emoção. Foi indescritível!!!
Estamos tentando fazer a "Escola da Ponte" aqui em Rondinha. Envolvemos também as mamães que nos ajudam com as costuras e tudo o mais que precisar organizar. E que no final ficam como nós, babando com o sucesso dos filhos.
O teatro é um conhecimento que ultrapassa a idéia do desenvolvimento de uma forma de expressividade ou de desinibição, mas que possibilita também o desenvolvimento da operatoriedade(FÜRTH,1987,P.178). Conforme explica Ana Carolina Fucks, o fazer teatral torna possível uma maior compreensão por parte do indivíduo de si e do mundo que o cerca, pois exige uma reestruturação física e mental para tornar materiais e artísticas as idéias que pretende comunicar.
Viola Spolin, pesquisadora norte-americana, desenvolveu o sistema de aprendizado da linguagem teatral baseado na improvisação. A proposta dos jogos teatrais de Spolin está relacionada a "fisicalização", que é tornar físico, expressar e trazer para o plano material o que há no plano das intenções, das imagens, das sensações, dos pensamentos.
Por que você ouve tanta porcaria?
Revista Aplauso, Porto Alegre, ano 3, nº 22, 2000.Páginas 28-34
Lendo a reportagem acima, da aula de Música na escola, me senti com os pés no chão. Tem músicas que eu me nego a escutar.
Segundo a reportagem, "No caso da música popular brasileira - pelo menos nos últimos longos dez anos! -, essa porcaria emana sobretudo de inesgotáveis alê-auês que celebram desde frondosas dores-de-cotovelo até ela, preferência nacional, a bunda."
Logo a música com suas melodias harmoniosas que deveriam servir para emanar a delicadeza ou até o questionamento, o ritmo da vida, o compasso do coração, difundir a cultura, é utilizada de forma tão banal para a glória da indústria fonográfica brasileira.
Coloco aqui um questionamento que deixei no fórum de música. Nós educadores temos uma certa parcela de culpa. Afinal, conforme a matéria "O que geralmente acontece no universo das rádios, levando milhares de pessoas a movimentar as altas cifras da indústria do entretenimento musical, é a repetição."
Então, nós convivemos com nossos alunos durante, no mínimo quatro horas por dia, cinco dias por semana.
Revista Aplauso, Porto Alegre, ano 3, nº 22, 2000.Páginas 28-34
Lendo a reportagem acima, da aula de Música na escola, me senti com os pés no chão. Tem músicas que eu me nego a escutar.
Segundo a reportagem, "No caso da música popular brasileira - pelo menos nos últimos longos dez anos! -, essa porcaria emana sobretudo de inesgotáveis alê-auês que celebram desde frondosas dores-de-cotovelo até ela, preferência nacional, a bunda."
Logo a música com suas melodias harmoniosas que deveriam servir para emanar a delicadeza ou até o questionamento, o ritmo da vida, o compasso do coração, difundir a cultura, é utilizada de forma tão banal para a glória da indústria fonográfica brasileira.
Coloco aqui um questionamento que deixei no fórum de música. Nós educadores temos uma certa parcela de culpa. Afinal, conforme a matéria "O que geralmente acontece no universo das rádios, levando milhares de pessoas a movimentar as altas cifras da indústria do entretenimento musical, é a repetição."
Então, nós convivemos com nossos alunos durante, no mínimo quatro horas por dia, cinco dias por semana.
Que tal presenteá-los com repetidas doses de boa música?
Conforme o texto de Fanny Abromovich, Literatura infantil:gostosuras e bobices "o ritmo que o sentimento transmitido através de boas histórias e poesias é dado pelos olhos que vão seguindo linhas e linhas, pela voz que fala, pelo corpo que se move junto, seguindo o compasso dos versos, a cadência do poema, o envolvimento acontecendo por inteiro. Pode ser lindamente bailável, leve, rodopiante, Como um dos poemas de José Paulo Paes em É isso ali:
valsinha
é tão fácil dançar uma valsa,rapaz
pezinho prá frente pezinhoprá trás
prá dançar uma valsa é preciso só dois
o sol com a lua feijão com arroz"
terça-feira, 30 de outubro de 2007
domingo, 21 de outubro de 2007
Nova experiência
Fazendo parte do PEAD, descobri com a professora Nádie que tudo é aprendizagem e me pus a pensar: é verdade, a todo momento estamos aprendendo coisas novas.
Esta semana comprei um notebock que muito irá me auxiliar pois onde eu estiver poderei estar lendo, revendo, recebendo e respondendo correspondência eletrônica.
Mas está sendo uma nova etapa porque a começar pelo mouse estou precisando aprender como utilizar e aos pouquinhos estarei sabendo mais e mais. Assim eu espero. A tecnologia deve estar aí a nosso serviço.
Mas falando em tecnologia, ontem fui, com meus alunos, visitar a exposição: "No Ar - 50 Anos de Vida" da RBS mas que conta toda a história da comunicação nestes anos. É tanta tecnologia que nos deixa sem palavras para descrever toda a singularidade desta obra. É sensacional! Com um toque enxergamos a capa do jornal do dia do nosso nascimento por exemplo. E ainda podemos montar um álbum com vídeos, imagens, reportagens que foram importantes para nós. E muuuuuuuito mais para ver e ouvir. O filme do final é ma-ra-vi-lho-so! A criação e a direção artística é de Marcello Dantas e o curador da exposição é Pedro Sirotski. Eles estão de parabéns. A exposição está linda, moderna, interativa, emocionante!
Esta semana comprei um notebock que muito irá me auxiliar pois onde eu estiver poderei estar lendo, revendo, recebendo e respondendo correspondência eletrônica.
Mas está sendo uma nova etapa porque a começar pelo mouse estou precisando aprender como utilizar e aos pouquinhos estarei sabendo mais e mais. Assim eu espero. A tecnologia deve estar aí a nosso serviço.
Mas falando em tecnologia, ontem fui, com meus alunos, visitar a exposição: "No Ar - 50 Anos de Vida" da RBS mas que conta toda a história da comunicação nestes anos. É tanta tecnologia que nos deixa sem palavras para descrever toda a singularidade desta obra. É sensacional! Com um toque enxergamos a capa do jornal do dia do nosso nascimento por exemplo. E ainda podemos montar um álbum com vídeos, imagens, reportagens que foram importantes para nós. E muuuuuuuito mais para ver e ouvir. O filme do final é ma-ra-vi-lho-so! A criação e a direção artística é de Marcello Dantas e o curador da exposição é Pedro Sirotski. Eles estão de parabéns. A exposição está linda, moderna, interativa, emocionante!
Para pensar...
Coloco aqui parte da postagem de Maria de Lurdes Fippian acerca do filme
"Doze Homes e uma Sentença"
"Percebí na falta de argumento inicial da maioria dos jurados, esse preconceito repetido várias vezes...Também deu pra notar o quanto é fácil repetir coisas que os outros dizem, sem pensar e refletir; cheguei a imaginar se não é de um mecanismo semelhante que todo esse poder midiático que existe se sustenta?Na verdade, se não fosse um jurado, o Davis(é o nº 8 ?), tentar argumentar, apresentando razões ainda não arroladas, não aceitando a versão das evidências apresentadas até então,com certeza o resultado seria outro.Podemos concluir o quanto é importante exercitar a argumentação, e ver todas as evidências, não so as do senso comum. "
Eu, Mara, sempre questiono a questão do "rótulo" tão comum em nossas escolas: o bagunceiro, o inteligente, o tímido, o reprimido... É sempre necessário saber de que ponto vista se está observando e investigar muuuuuito...
Didática ou Literatura?
Conforme a professora Maximira, com o advento da instituição das primeiras Bibliotecas Municipais, o contar histórias tem sido utilizado como um incentivo à leitura. Vários projetos foram implantados nas bibliotecas ao longo dos anos atraindo crianças, jovens e adultos para os livros e a leitura. Mas muito antes disso esta prática já acontecia, proporcionando oportunidades para desenvolvermos nossa imaginação, enriquecermos o vocabulário e completarmos experiências.
Como comentávamos no encontro presencial (dia 17/09):Na formação de uma criança, ouvir histórias é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho infinito de descobertas e compreensão do mundo!O contador trabalha a linguagem oral abrindo caminhos para que aprendamos a falar, escrever, ler e pensar melhor..
Nas palavras de Fanny Abramovich:*O ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o pensar, o teatrar, o imaginar, o brincar, o ver, o escrever...* [ABRAMOVICH, Fanny, 1995:23]
Lendo o texto "Literatura Infantil: gostosuras e bobices" de Fanny Abramovich e o capítulo 5 (da parte III) do livro "Textos e pretextos sobre a arte de contar histórias" de Celso Sisto descobri algo que eu fazia e que não era correto. Eu sempre separava leituras sobre o assunto que eu estava trabalhando. Isto é eu direcionava. Agora descobri que o que eu fazia não era Literatura e sim Didática.
Como comentávamos no encontro presencial (dia 17/09):Na formação de uma criança, ouvir histórias é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho infinito de descobertas e compreensão do mundo!O contador trabalha a linguagem oral abrindo caminhos para que aprendamos a falar, escrever, ler e pensar melhor..
Nas palavras de Fanny Abramovich:*O ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o pensar, o teatrar, o imaginar, o brincar, o ver, o escrever...* [ABRAMOVICH, Fanny, 1995:23]
Lendo o texto "Literatura Infantil: gostosuras e bobices" de Fanny Abramovich e o capítulo 5 (da parte III) do livro "Textos e pretextos sobre a arte de contar histórias" de Celso Sisto descobri algo que eu fazia e que não era correto. Eu sempre separava leituras sobre o assunto que eu estava trabalhando. Isto é eu direcionava. Agora descobri que o que eu fazia não era Literatura e sim Didática.
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