quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Elementos da Gestão Democrática
" O aluno não vai à escola para tirar notas,
vai para aprender, para crescer,
para se desenvolver."
Freinet, educador francês
Conforme o professor Jorge Najar falou em debate no Programa Salto para o Futuro, todo ser humano nasce para viver junto com alguém e, portanto nasce pronto para fazer democracia. Quando escutei logo me lembrei do filme Náufrago, onde a personagem vivida por Tom Hanks acaba tendo que ficar durante muito tempo numa ilha deserta e precisa prover-se de todo o aparato para suprir suas necessidades de sobrevivência. Acontece que ele está sozinho, sente necessidade de ouvir a opinião de alguém e acaba criando um amigo fictício com uma bola de vôlei, o Sr Wilson. Por que então os alunos muitas vezes são proibidos de trocar idéias? Por que não escutamos o que os agentes envolvidos na educação de nossos alunos têm a nos dizer? Por que pais, alunos e comunidade em geral não se sentem a vontade para opinar nas reuniões? Creio que seja pela cultura extremamente autoritária que nos trouxe até aqui. A nova LDB possibilita uma gestão mais democrática que é a pedra preciosa citada pelo colega Edinei Rodrigues Mittmann que nos foi dada muito bruta ainda e que precisamos no exercício da cidadania lapidar chamando a comunidade para dentro do espaço escolar, problematizando, gerando conflitos... Nesta relação que é conflitada, mas positiva, escola e comunidade, conforme a professora Isabel Letícia P. de Medeiros, se aprimoram e chegam a outros níveis de conflitos que permitem a visualização de outra realidade com certeza mais democrática que a anterior.
Nesta perspectiva democrática a LDB concede autonomia às escolas para a proposição do currículo e avaliação que quer fazer, permitindo consultar os sujeitos envolvidos para que juntos possam discutir, analisar e escolher o que for melhor, que mais se encaixa dentro de cada realidade para a construção de uma nova escola com uma nova qualidade implicando co-responsabilidade em todos os processos que envolvem a escola.
Escola é lugar de aprender, inclusive aprender democracia e democracia se aprende fazendo.
Profª Isabel Letícia P. de Medeiros (Programa Um salto para o Futuro)
Para a construção do PPP é importante aliar discurso e prática. Teorizar uma escola sonhada através de discussão e análise da prática, definir qual a escola que queremos e qual cidadão pretendemos formar. Aquele aluno que é convidado a participar desde cedo das decisões da sua comunidade não será um adulto acomodado com certeza continuará participando das decisões nas comunidades onde estará inserido futuramente. Se quisermos uma sociedade mais justa onde todos tenham vez e voz tem que começar pela escola respeitando o direito de decisão que todos os integrantes do processo educacional têm.
O Regimento Escolar vem disciplinar o caminho a ser percorrido em busca da escola sonhada. Todas as normas além de terem sido construídas através de democracia participativa devem ser claras, transparentes, funcionais, perseguirem o mesmo objetivo e ter princípios norteadores.
Na escola onde trabalho ainda não tem gestão participativa, apesar de já contarmos com alguns instrumentos como eleição de diretores, conselho escolar e CPM, não têm a cultura democrática. Fiquei encantada com uma escola retratada no vídeo do programa Salto para o Futuro onde os alunos discutiam formas de lazer para o recreio, quem sabe os alunos não nos dariam lições de democracia ouvindo seus pares e tomando decisões frente ao bem-estar de todos.
Nós até temos na escola o Projeto Envolva-se com a Dietschi (minha escola chama-se EEEF Professor Dietschi) que conta com a participação ainda pequena de pais, alunos e professores preocupados com a questão ambiental e melhorias na escola. Com o projeto recebemos ajuda da comunidade que traz para a escola o lixo seco, o óleo de cozinha já utilizado e notas fiscais para participar do programa estadual a nota e minha. Todo o lixo é selecionado e vendido para reciclagem, o óleo é utilizado na fabricação de sabão que também é vendido e as notas são digitadas e enviadas via internet para o governo estadual que repassa trimestralmente o valor correspondente a nossa participação. Todas estas ações são realizadas por pessoas que querem participar. Quem participa é porque quer se envolver e todas as decisões são tomadas em conjunto em reuniões semanais com toda a equipe. Todos os recursos arrecadados são geridos pelos alunos do projeto em consulta a todos os alunos da escola. Eles compram, vendem, decidem o que fazer com o dinheiro e também novas ações de participação do projeto, como as duas novas que são a construção e venda de um brinquedo inventado por eles e confecção e venda de sacolas permanentes para a diminuição do uso de sacolas plásticas principalmente nas compras do supermercado.
Portanto não estamos mais no ponto zero mas nossa caminhada ainda nos reserva muitos, inexplorados e belos horizontes.
Projeto Temático
Este trabalho foi feito em grupo por Mara Núbia Bilhalva Braum, Stela Maris da Rosa Dias e Maria do Carmo Dewes
Como se preparar com praticidade para a hora da aposentadoria
sem medo da improdutividade
“É importante saber identificar mestres
E enxergar em funcionários mais experientes
Uma fonte de saber”
(trecho retirado do jornal Bom Dia Brasil, 18.09.2008, Rede Globo)
O tema escolhido para este projeto temático foi em função de uma reportagem que a Maria do Carmo Dewes assistiu e comentou conosco nos fazendo curiosas diante do assunto. A reportagem foi exibida no jornal Bom Dia Brasil da Rede Globo no dia 18 de setembro de 2008 disponível no site da globo.com.
A aposentadoria é uma questão difícil de administrar. Poucas pessoas sabem lidar com as situações criadas por este “novo tempo”. A maioria tende a supervalorizar tanto os efeitos negativos quanto os positivos. De um lado as horas livres para fazer tudo o que ficou para trás por falta de tempo. De outro vêem o afastamento do trabalho como a fronteira com a velhice com toda a carga de preconceito a ela associada. Muitas vezes a depressão, a inatividade e a falta de entusiasmo deixam a família sem saber o que fazer e acaba perturbando todas as pessoas que convivem com o aposentado.
Porém, um novo aposentado começa a chegar ao mercado de trabalho e a influir positivamente na vida familiar e social. Pessoas que têm consciência do tédio e desmotivação que o tempo livre pode trazer, enquanto a aposentadoria pode marcar o início de um novo período produtivo do ponto de vista pessoal e profissional. É aquele que sabe o que quer e planeja sua vida com a ajuda de políticas desenhadas por especialistas em recursos humanos que ajudam nessa transição.
A palavra “aposentadoria” causa o impacto da pós-carreira e é cercada de muitos mitos, desinformação e preconceito. A maioria dos aposentados tem dificuldade de arranjar um novo emprego para manter o padrão de vida e até de se sustentar. No Brasil, este problema é agravado pela despreocupação com uma poupança e um sistema previdenciário que não tem condições de financiar, pois o número de aposentados aumenta juntamente com a expectativa de vida das pessoas.
A conscientização da sociedade para essa realidade e o aprimoramento das políticas de apoio ao aposentando avançam em busca de uma solução mais ampla e efetiva. Atualmente um crescente número de organizações vem desenvolvendo Programas de Preparo para a Aposentadoria (PPA) entendendo que além de cumprir com as responsabilidades sociais, tais programas são excelentes ferramentas gerenciais, pois aqueles funcionários que estão se aposentando sentem-se valorizados e mantém bom desempenho e os que estão ingressando na empresa percebem o cuidado e o respeito que estas organizações têm pelo ser humano o que vem fortalecer as relações de trabalho. Os programas de apoio aos aposentados ou trabalhadores próximos de se aposentar têm como objetivo estimular o trabalhador a pensar no seu desenvolvimento pessoal de forma continuada e sistemática, deixando de lado a busca por afazeres que preencham a vida de atividades para redirecionar seu foco para a geração de renda onde a sugestão é uma segunda carreira que lhe dê sucesso e satisfação buscando saber o que o aposentando faz bem (habilidade) e o que gosta de fazer (interesse), além de investigar também o que o aposentado não quer mais fazer, por exemplo, ficar no escritório, viajar, dar aulas, vender, enfim... Para o empregado o programa é uma oportunidade de discutir com pessoas que estão vivenciando um momento semelhante, compartilhar medos, ansiedades, sonhos, aspirações...
É preciso encontrar uma fonte de renda, pois os mais jovens, que antes sustentavam seus pais, agora precisam da usa ajuda. Segundo o IBGE, mais de sessenta por cento dos aposentados, aproximadamente catorze milhões de brasileiros, são arrimos de família. Para o psicólogo Aguinaldo Néri, professor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas os conceitos de família e trabalho são os dois grandes pilares de um envelhecimento bem-sucedido. Para Néri a noção de trabalho vai além de emprego e atividade remunerada ao incluir no termo as ações de interesse social que os mais velhos podem desempenhar com propriedade.
Os programas de apoio aos aposentados trazem informações sobre o mercado de trabalho, contexto e legislação da área ou ocupação que interessa ao aposentando, dispõe de salas equipadas para fazer buscas e contatos, além de poder tirar dúvidas e discutir com assistentes e oferecem ajuda para entender o processo do envelhecimento, abordado por meio da conscientização dos ganhos e das perdas dos idosos enfatizando que as pessoas devam fazer um novo projeto de vida quando ainda estão exercendo suas atividades para que a aposentadoria não signifique um fim, mas apenas uma nova etapa onde a vida pessoal e profissional continua.
A forma, o conteúdo e a duração dos programas variam. Podem ser individuais ou coletivos, durar um dia (uma palestra de quatro horas) ou meses. Elaine Saad, vice-presidente da Associação Brasileira de recursos humanos considera adequado começá-lo seis meses antes do desligamento, mas alguns consultores recomendam que o melhor seja um ano ou até dois anos antes da aposentadoria, pois o trabalhador precisa de tempo para se conhecer melhor, se informar sobre alternativas de carreira fora da sua empresa, levantar dados, planejar e tomar decisões. E isso fica mais fácil quando ainda tem um vínculo com a empresa.
A capacidade de atendimento destes programas, contudo é ainda muito limitada ficando restrita às grandes empresas e algumas estatais como: UNICAMP, CAGECE (Companhia de Água e Esgoto do Ceará), Aracruz Celulose, Banco do Brasil através do PREVI entre outras, mas que ainda não representam a maioria das empresas em exercício.
Para ilustrar nosso trabalho entrevistamos algumas pessoas já aposentadas e em processo de aposentadoria. A seguir passamos a descrever alguns casos sendo que dois deles pediram que não fossem citados nomes:
Nosso primeiro exemplo é a professora Córdula Olívia Lenhardt com formação em Artes Plásticas que se aposentou aos 48 anos, após 25 anos de magistério estadual. Ela conta que nos últimos anos de carreira foi diretora de escola o que lhe rendeu um GD (gratificação pela direção) para a aposentadoria. Ela, muito dinâmica e sempre interessada em promover a cultura, logo após aposentar-se foi convidada para trabalhar na Secretaria de Educação e Cultura de Campo Bom onde trabalhou sendo remunerada durante três anos. Depois ainda teve energia para assumir um contrato e dar aulas de Técnicas Comerciais numa escola estadual sendo que concomitantemente com o emprego na prefeitura e depois dando aulas, a professora Córdula participava ativamente do Grupo de Folclore Alemão Eintracht onde coordenava a organização da “Ein Deutsches Volksfest”, grande festa alemã com duração de uma semana incluindo exposições, desfiles, café colonial, apresentações de danças, culminando com Uma Noite Alemã, o jantar baile típico alemão que em certa edição contou com a presença do cônsul da Alemanha no Brasil. Quando a coordenação da festa foi transferida para outros participantes do grupo, ela passou então a dedicar-se as aulas de dança sênior onde continua até hoje com 72 anos de idade sendo que precisa de ajuda das alunas pelas limitações que o mal de Parkinson lhe impõe. Para ela, hoje viúva, o dinheiro continuou dando o mesmo trabalho que antes, pois durante toda a vida ela e seu marido acostumaram-se a economizar conquistando uma casa confortável na cidade, outra na praia e proporcionando uma grande ajuda aos três filhos na aquisição da casa própria de cada um deles.
Já J.C.A.C.., ainda diretora comercial de uma empresa encontra-se preocupada com a hora da aposentadoria. Ela conta que vive sob pressão e trabalha muito e muitas horas, inclusive quando está em casa, ou viajando com a família não perde o celular de vista jamais, pois a qualquer momento poderá surgir um imprevisto ao qual ela terá que atender. Disse estar acostumada com esta vida e que não se imagina de outra forma. Ela já está poupando para a hora de se aposentar, pois sabe que o salário irá diminuir muito. Tem planos de abrir seu próprio negócio porque não saberia mais viver sem a pressão do dia-a-dia. Percebemos com clareza o consumismo em que ela vive com seu alto salário que lhe proporciona prazeres como uma bela casa na cidade, outra na praia, viagens, roupas, restaurantes muito caros... Talvez motivos de seu medo da incerteza do que virá e de sua angústia com o tempo passando sem que ela tenha controle e possa aceitar esta nova fase com satisfação e paz de espírito.
Outra entrevistada foi L.S., funcionária do Banco do Brasil, que nos informou sobre a preocupação que a instituição financeira tem com relação à situação financeira dos funcionários ao se aposentarem. Ela informa que anos atrás o funcionário era obrigado a pagar a previdência privada, mas que atualmente o funcionário escolhe se quer pagar ou não os 7% descontado do seu salário e o banco também contribui com o mesmo percentual para o PREVI. O funcionário deve contribuir no mínimo 15 anos. Quando se aposenta pelo INSS, recebe a aposentadoria complementar do PREVI. Ela falou também sobre outros planos que o Banco do Brasil oferece para correntistas do banco, por exemplo, o Brasil Prev onde a pessoa precisa apenas ter CPF e pagar uma contribuição única ou uma parcela mensal e poderá optar por uma idade após 50 anos para resgatar com rendimento melhor que a poupança ou receber um valor mensal como complemento da aposentadoria. Tem também um benefício que podemos depositar para os filhos bebê, por exemplo, é o Brasil Prev Júnior onde os pais pagam no mínimo R$ 25,00 mensais até que o filho tenha 21 anos, quando poderá optar por resgatar ou migrar para o Brasil Prev e caso a pessoa que fez o Brasil Prev Júnior para o seu filho venha a falecer, o BB continuará fazendo os depósitos até que a pessoa complete 21 anos. Nessa entrevistada também percebemos bastante preocupação com a situação financeira do futuro.
Ao longo desta caminhada para a construção deste trabalho encontramos pessoas como a professora Córdula que já era uma pessoa envolvida com trabalho social durante sua vida e que apenas pode se dedicar mais depois da aposentadoria sem deixar de trabalhar de uma hora para a outra e mesmo sem passar por nenhum tipo de programa de preparação para a aposentadoria não teve nenhuma dificuldade com esta fase. Acreditamos que pelo próprio desenvolvimento da sua personalidade que segundo Erikson (ELKIND, David. As Oito Idades do Homem segundo Erikson. Diálogo, 11(1), 3-12, 1978), quando bem desenvolvidas todas as oito etapas do desenvolvimento humano a pessoa chega à velhice aceitando as perdas e os ganhos que a idade lhe impõe. Enquanto pessoas que não têm envolvimento com comunidades, vivendo somente em torno de si, seu emprego, seu salário, suas compras e suas famílias acabam sentindo um grande vazio quando os filhos saem de casa, a idade avança, a saúde pede maiores cuidados e ainda por cima vem a aposentadoria com o rótulo “eu não sirvo mais para nada”.
Bibliografia:
http://portalteses.icict.fiocruz.br/transf.php?script=thes_chap&id=00000706&lng=pt&nrm=iso
http://www.unicamp.br/dgrh/informativo/005/projetovisa.html
http://www.guiarh.com.br/pp46.html
http://www.via6.com/topico.php?tid=96397
http://www.cagece.com.br/cagece/gestao_pessoas/ppa/
www.globo.com
Revista Vida e Saúde
Através do Projeto de Aprendizagem sobre as histórias que as fotografias nos contam tive a oportunidade de conhecer uma senhora que é um encanto. Ela tem a fotografia da primeira casa construída aqui em Rondinha, balneário onde moro e que pertence ao município de Arroio do Sal. Dona Cecília tem 81 anos, é mestre em educação e trabalhou com PAULO FREIRE. Ela é uma caixinha de surpresas, numa de nossas conversas sobre fotografias antigas ela me contou das viagens que fez, dos lugares onde morou e trabalhou quando de repente ela me fala que trabalhou em Natal-RN com Paulo Freire. Eu não conseguia mais sair da casa dela ouvindo a história da sua vida.
A Fabiana Leffa achou interessante ter tão pertinho de nós esta pessoa que participou da vida do ilustre como Paulo Freire, apontando a possibilidade dela ir ao polo conversar um pouquinho conosco.
A professora Nádie ressaltou os desdobramentos interessantes e imprevisíveis que a pesquisa proporciona e gostou da sugestão da Fabiana mas sugeriu que a entrevista fosse filmada para que pudéssemos compartilhar esta descoberta com os outros polos e dar permanência ao registro.
A professora Eliana concorda com a professora Nádie quanto ao registro através de filme para a captura das histórias que a dona cecília nos contará construindo através das fotografias e filmagens um rico acervo documental.
Já falei com a Dona cecília que prontamente aceitou ir ao polo conversar com os educadores e autorizou a filmagem. Não é maravilhoso?
Com nosso projeto de aprendizagem pretendemos procurar fotos antigas que contem alguma curiosidade. Dinah Fischer Procksch, natural de Porto Alegre, veranista de Rondinha, balneário de Arroio do Sal desde 1958. ela conta que toda a família ajudava a escolher o melhor galho seco, enchiam uma lata de areia, fincavam ali o galho e as crianças se encarregavam de coletar conchinhas que eram cuidadosamente higienizadas pelas próprias crianças com a orientação da mãe e depois pintadas por todos com os restos de esmaltes de unhas e verniz, depois a árvore era montada e muito linda.
Em 1994 a dona Dinah passou a morar definitivamente em Rondinha seus dois filhos casaram, ela tem um netinho e ela, mesmo sozinha, continua enfeitando a árvore de Natal mas agora não mais com conchinhas porque diferente daquele tempo onde não se encontrava enfeite de Natal por aqui, hoje temos o mercado Bolão que nos oferece algumas opções e foi onde ela comprou os enfeites para montar a árvore do Natal de 2008, com exceção do anjinho no topo da árvore que ela exibe dizendo que a confecção foi dela mesma.
Resolvemos então pesquisar a história da fotografia, o surgimento do registro fotográfico e a importância da fotografia na história individual e coletiva da nossa gente. Depois nos organizamos para desenvolvermos nosso projeto a partir de algumas histórias inusitadas que conhecíamos a respeito dos registros fotográficos mais antigos que sabíamos existir em nossos municípios. Como por exemplo, a esporádica visita de fotógrafos quando todos os acontecimentos ocorridos na cidade na ausência dele eram remontados levando o retrato a ser uma simulação dos fatos ocorridos anteriormente.
Então nomeamos o nosso PA “Histórias de Arroio do Sal, Terra de Areia e Três Forquilhas que as fotografias não contam”. Partimos em busca das informações necessárias para esse trabalho.
Começamos pesquisando alguns sites onde descobrimos que a palavra retrato vem do antigo Egito e que o nome fotografia vem do grego e significa escrever ou desenhar com luz. A primeira imagem permanente obtida com uma câmera fotográfica data de 1826 e foi feita pelo físico francês Joseph Nicéphore Niépce. Em 1888 começou a ser comercializada a câmera Kodak, máquina simples que podia ser usada por amadores. A fotografia ganhou status de arte a partir de 1902 e no final do século XIX e início do século XX a fotografia também começou a ser utilizada com o objetivo de persuadir e convencer que continua sendo utilizado até hoje cada vez com maior intensidade, pois estamos cada vez mais condicionados a visualizar. Os textos antes totalmente verbais estão cedendo lugar cada vez mais amplo aos textos visuais onde somos convidados a interpretar cenas que podem até nos condicionar em nossas atitudes, pois a mídia cada vez mais nos impõe o consumismo desenfreado.
Após a pesquisa histórica fomos à procura das fotografias existentes. Conseguimos muitos registros fotográficos importantes e interessantes, antigos, porém nada que comprovasse as histórias de simulação dos fatos que ouvíamos contar.
Ao nos encontrarmos novamente, de posse dessas fotografias já coletadas, concluímos que as “histórias” que nos levaram a pensar esse projeto não foram encontradas e, portanto era ora de reformulá-lo. Resolvemos então modificar o enfoque do PA e assim, tomamos novo rumo: “Histórias de Arroio do Sal, Terra de Areia e Três Forquilhas que as fotografias nos contam”. Traçamos novos objetivos: analisar e comparar a evolução histórica e física do local fotografado. O que temos hoje? O que está diferente? Como era a arquitetura? Qual a moda? Os costumes? Que transformações foram possibilitadas pelo progresso? Uma conexão entre o antigo e o atual sob todos os aspectos fotografados inclusive nas imagens que não eram o foco principal como propagandas, por exemplo, que aparecem por acaso por detrás das imagens de foco.
Os fotógrafos são profissionais que viajam mundo a fora clicando pessoas, paisagens e objetos descobrindo uma nova forma de olhar que choque, emocione ou questione mostrando a sua forma de arte. Outros buscam uma imagem estarrecedora, sensacionalista, pela qual possam receber boa recompensa financeira. Hoje em dia com a ascensão das máquinas leves, pequenas, incluídas nos celulares ficou ainda mais fácil conseguir a imagem do dia a dia feita por amadores. É quase impossível a nossa presença em algum lugar onde alguém não tenha em mãos uma câmera fotográfica. A fotografia, portanto passa a ser um importante aliado no estudo das Ciências Sociais que é o foco deste trabalho onde pretendemos fazer uma conexão entre o passado e o presente do nosso lugar resgatando a história passada até os dias atuais utilizando imagens captadas através das câmeras de fotógrafos profissionais ou amadores
Continuamos coletando fotografias. Fomos ao fotógrafo oficial da cidade, visitamos moradores mais antigos, escutamos as histórias, fomos numa velha amiga e também no comércio local e aos poucos estamos remontando a memória do nosso povo. As fotografias mais antigas nos mostram um Arroio do Sal menos estruturado, mais natureza, dunas e mais glamour, como no carnaval de décadas passadas... Podemos até dizer, mais poético. As fotos eram de grandes famílias reunidas na sombra das árvores, o banho de mangueira para tirar areia do corpo, a utilização do cavalo e do carro de boi como principal meio de transporte... Tudo muito simples, mas havia mais emoção, as pessoas pareciam mais felizes do que hoje quando percebemos casas com poucos moradores, automóveis confortáveis e ultramodernos mostrando o nível econômico mais elevado das famílias que têm se encontrado bem menos alterando o convívio antes bem mais constante.
Já começamos a fotografar os mesmos espaços das fotos antigas para procedermos às comparações. Agora, ainda nos falta coletar as entrevistas com as pessoas das fotos antigas, que ainda existirem e continuar ouvindo outras histórias dos proprietários dos referidos retratos e no próximo semestre darmos continuidade ao PA.
A integração dos conhecimentos com o meio em que vivemos é fundamental pois tudo que temos a nossa volta gera curiosidade, envolvimento, interesse. No momento em que os conhecimentos tornam-se distantes e sem nenhuma relação com o nosso espaço, torna-se totalmente sem significado.
Nesta caminhada de formação em que atualmente me encontro posso garantir que todas as interdisciplinas que até então tivemos na EAD da UFRGS serviram para teorizar a minha prática e embasar minhas idéias porque sempre estiveram interligadas umas com as outras procurando valorizar o que trago da minha prática.
A educação é um “processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro” (MATURANA, 2001, p. 29).
Eu relaciono o PEAD e eu nesta aprendizagem da vida adulta porque tudo que eu venho aprendendo está sendo extremamente importante na minha vida, eu já trago uma bagagem de anos de magistério e vivências familiares e de amizade, convivências estas que ajudaram a construir a minha história e tudo que hoje sou, então tudo se relaciona e adquire significado.
Certo dia eu até estava pensando: se eu tivesse 18 anos, eu já seria adulta mas será que eu estaria aproveitando tanto este curso? Talvez sim mas de outra maneira, porque tudo que eu vivi de lá para cá me ajuda muito a compreender certas coisas que então com 18 anos passariam despercebidas mas quando já se viveu, passou pelas situações, tudo fica muito diferente e visível.
A convivência com os colegas, virtualmente, está me ajudando muito a crescer, é importantíssima a relação que se criou entre nós de parceria na construção da nossa rede de aprendizagem.
Eu me chamo Mara Núbia Bilhalva Braum. Nasci na cidade de Tapes. Meus pais se chamam Otávio Lemos Bilhalva e Francisca Trescastro Bilhalva, são pessoas simples, agricultores, com pouca instrução escolar, mas com enorme sabedoria, que através de sua vida nos transmitiram exemplos de honestidade, perseverança, sinceridade, disciplina e acima de tudo amor!!!!! As dificuldades ao longo da vida foram muitas, mas eles nunca deixaram que faltasse o essencial para nós. Tenho dez irmãos e quando a família se reúne é sempre uma grande festa!
Tenho 45 anos, sou casada a 26 anos com o amor da minha vida: Ricardo Braum. Atualmente moramos no Balneário Rondinha no município de Arroio do Sal. Mas já moramos em Campo Bom, Taquara e Novo Hamburgo. Temos três filhos lindos, inteligentes, educados, competentes, amados... Chamam-se Natalia (23 anos), Leonardo (19 anos) e Augusto (11 anos). Minha família é meu maior tesouro!
Sou professora a 22 anos mais ou menos porque nem parece que faz tanto tempo assim. Amo o que faço e acredito que somente através da educação poderemos realmente transformar nosso mundo em um lugar melhor para se viver e lutar para que permaneça aquilo que está bom. Sou bastante carinhosa, mas exigente em tudo o que eu faço, estou sempre me cobrando o melhor. Procuro diversificar, preparar aulas criativas e espero que os alunos tenham iniciativa, busquem com entusiasmo mais e mais conhecimentos e que sejam motivados a querer sempre questionar e fazer sempre diferente. Vibro junto com cada aluno nas suas conquistas, que não são poucas. A cada dia eles descobrem e redescobrem novos conhecimentos, informações, sensações. É muito bom ser professora. A rotina não existe e a gente não envelhece porque o contato com crianças e jovens nos renova sempre. Procuro ir crescendo cada dia. Buscando idéias novas e novos saberes, sem desistir e retomando o ânimo e a coragem de tentar outra vez porque se não foi maravilhoso na primeira vez, temos a chance de buscar ajuda e melhorar sempre mais.
Assim, em 2006, buscando uma educação de qualidade, foi que tive uma das mais significantes vivências de toda a minha existência, o meu ingresso na UFRGS. Posso dizer que foi um marco na minha vida pois a construção que venho fazendo desde então é engrandecedora demais tanto profissional como pessoalmente pela maneira como os conhecimentos são adquiridos promovendo a discussão, o diálogo, num trabalho cooperativo, de uma forma diversificada, inteligente, num espaço de interação e colaboração, apesar da distância, que não dificulta em nada a formação de redes através do ROODA, do e-mail particular e do grupo e do MSN.
Quando comecei a estudar na UFRGS, em 2006, eu dava conta de todas as atividades sem problemas com os prazos, apesar das dificuldades tecnológicas iniciais pois tive que aprender muitas coisas referentes a tecnologias, mas que com o tempo foram se tornando pequenas e meu primeiro semestre foi maravilhoso pois eu conseguia dar conta dos prazos e ainda visitava trabalhos dos colegas, lia,comentava...
Em novembro de 2006 eu e minha família realizamos um sonho. Inauguramos nosso Auto Posto Rondinha onde trabalhamos nós e mais ninguém. Foi aí que meu tempo acabou extrapolando e até o início de 2008 eu tive que estudar e cuidar das minhas atividades do posto de gasolina no escritório do posto o que fez com que minhas atividades muitas vezes fossem entregues com atraso o que me deixava muito mal. Agora finalmente tenho meu próprio notebook e uma internet móvel. O que me permite fazer minhas atividades onde quer que eu me encontre.
Espero de agora em diante poder dar conta da casa, da família, posto de gasolina, UFRGS e Escola Dietschi, onde trabalho com Português na 5ªsérie e Artes de 5ª a 8ª e desenvolvo um projeto que se chama “Envolva-se com a Dietschi” que além de ajudar na preservação do meio ambiente, busca parcerias com toda a comunidade e através do qual já conseguimos comprar seis computadores, todos eles ligados a internet e que permitiu que criássemos a página www.escolaprofessordietschi.pbwiki.com e onde estamos criando e linkando blogs criados por cada um de nossos alunos e postando atividades realizadas na e pela escola.
É isso...
Após a leitura do texto
1934, 1937, 1946, 1967 e 1988:
- contexto sociopolítico e econômico;
- a obrigatoriedade do Estado na manutenção e expansão do ensino público;
- a gratuidade do ensino público (níveis e modalidades);
- a vinculação de recursos (de impostos) à educação;
- a forma de ingresso dos professores no magistério público.
Para acessar nossa linha de tempo clique em
No dia 12 de novembro de 2008 a Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Dietschi de Rondinha esteve ainda mais iluminada, pois os alunos reunidos em grupos ou individualmente e orientados pelos professores apresentaram seus trabalhos demonstrando apropriação de múltiplos conhecimentos, além de decorar lindamente cada um dos estandes, abrilhantando a FECOARTE (Feira do conhecimento e Arte).
A abertura ocorreu às 8h e 30 minutos com o pronunciamento da diretora da escola professora Enilda Pioner logo após o hasteamento das bandeiras com o canto do Hino Nacional e com a presença de alunos, pais, professores, funcionários e jurados convidados para apreciarem o desempenho dos alunos. O evento se prolongou até as 17 horas com parada apenas para o almoço.
Os trabalhos trataram de assuntos diversos que foram da escolha dos alunos e começaram a ser construídos no início do ano letivo nas turmas de 1º Ano até 8ª série, incluindo o EJA. Objetiva-se com esta feira conscientizar a comunidade escolar da importância do ato de estudar, estimular a pesquisa, construir conhecimentos e saber repassá-los, motivar o estudo constante, a criatividade, a curiosidade e a vontade de aprender mais sobre assuntos do interesse de cada educando.
Durante o processo era comum perceber a troca de material entre os grupos já que muitas vezes os alunos se encontravam enquanto buscavam informações sobre seu trabalho informando-se sobre os assuntos que os outros estavam pesquisando e assim o exercício da solidariedade foi constante no dia a dia dos alunos, professores, funcionários da escola e dos pais que interagiram com os filhos na realização dos projetos.
Além dos conhecimentos apresentados pelos alunos, o evento contou com uma exposição de Arte onde os visitantes tiveram a oportunidade de apreciar belas obras de criação e releitura realizadas durante o ano e também apresentações de dança de salão.
Os títulos apresentados foram:
Conhecendo Arte; Tudo sobre Diamantes; Vulcões e Terremotos; Envolva-se com a Dietschi; Mário Quintana, Poesia sua Arte; Reciclagem Consciente; Infoaprendizagem; Fungos e bactérias; Fácil... Fácil... Multiplicar; Monteiro Lobato; Diversidade Cultural; Surf; Oficina do Folclore; História da Escrita; Borboletas; Como Descobrir Quadrados; Grafite não é Pichação; DST; Projeto de Pesquisa; A Vida no Gelo; Filhotes dos Animais; Conhecendo o Pulmão; Diálise; Biodiversidade de Arroio do Sal; Energia Eólica; Automóvel; Brincando com Arte e Descobrindo Palavras.
Foi um dia inesquecível onde os grupos salientaram-se pela organização, empenho, seriedade, qualidade do trabalho de pesquisa, criatividade na decoração do estande, apropriação de conhecimentos e apresentação oral. O sucesso da feira somente foi possível devido a grande união entre toda a comunidade escolar em que está inserida a Escola Professor Dietschi.
Acredito que com o decorrer de trabalhos como este os alunos passam a exercer realmente seu papel de aluno cidadão enquanto escolhe, traz outras possibilidades, pesquisa, estuda, prioriza, define e torna-se participativo na construção de um mundo mais justo e igualitário onde todos tenham a oportunidade e o prazer da transformação.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Em setembro de 2008 tivemos o prazer de receber o convite para parceria no Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do RS na capacitação da comunidade local do litoral norte e médio, em relação à fabricação de sabão a partir da reciclagem de óleo de cozinha apoiando o Projeto "Conservação de Fauna no Litoral Norte e Médio do Rio Grande do Sul", no edital Petrobrás Ambiental 2008.
A utilização do óleo de cozinha como matéria prima para a fabricação caseira de sabão vem sendo desenvolvida desde abril de 2008 por nosso grupo e tem alcançado resultados significativos na comunidade de Arroio do Sal, no Litoral Norte do RS. Nesse sentido acreditamos que a participação no projeto venha a ser uma oportunidade ímpar para a disseminação dessa prática de geração de renda para comunidades carentes no litoral norte e médio do Rio Grande do Sul.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Uma educação de qualidade requer que os sujeitos envolvidos conheçam as regras a que estão submetidos, no entanto esta não é a realidade encontrada na minha escola. Neste semestre, tivemos uma estagiária que ao estudar o Projeto Político Pedagógico da escola, fez alguns questionamentos que acabaram fazendo com que a equipe de gestão da escola, propusesse um estudo deste plano desconhecido para a maioria dos atuais professores, funcionários, alunos e pais.
Ainda estamos estudando e fazendo as reformulações que julgamos necessárias. Mas, particularmente penso que toda a mudança deve ocorrer de dentro para fora e infelizmente ainda estamos longe de adquirir consciência coletiva para juntos buscar a transformação e uma real educação de qualidade. Percebo ações isoladas que fazem a diferença, mas para fazer acontecer em educação é necessário garra, coragem, persistência, envolvimento, conhecimento, embasamento teórico e às vezes acabo me sentindo uma formiguinha em meio a um bando de gafanhotos.
Lendo o projeto político pedagógico da escola encontro em suas linhas um encorajamento na busca de uma educação libertadora, democrática... Mas, a começar pelo regime seriado pois determina o tempo que todos os alunos terão para aprender determinados conteúdos, sem considerar os percursos individuais e as construções coletivas até a avaliação que diz contemplar o aluno como um todo mas classifica-o ao final de cada trimestre e seleciona-o ao final de cada ano mostra que as frases bonitas são apenas no papel. Acredito mais no regime ciclado onde para o sistema de produção e começa o progresso, a aprendizagem, a construção do conhecimento de onde o aluno está e não parar e começar tudo de novo. Afinal todas as aprendizagens são assim, não se determina um tempo para a criança começar a andar por exemplo, ela vai adquirindo confiança durante cada passo que ela dá e assim vai seguindo e no seu tempo ela começa a andar com segurança. Penso que o regime ciclado funciona bem melhor mas volto ao ponto anterior, nossas cabeças têm que mudar primeiro pois o trabalho de toda a comunidade escolar é coletivo, a construção é grupal e a sistemática da avaliação deve ser muito criteriosa, cuidadosa, detalhada e por isso mais trabalhosa entretanto os resultados compensam com uma responsabilidade de fracasso que deixa de recair somente sobre o aluno reprovado para construir, repensar uma educação que realmente tenha qualidade, competência, envolvimento...
" O aluno não vai à escola para tirar notas,
vai para aprender, para crescer,
para se desenvolver."
Freinet, educador francês
REFERÊNCIAS:
http://www.centrorefeducacional.com.br/progrcont.htm
SILVA, Maria Beatriz Gomes da, Organização Curricular da escola e Avaliação da Aprendizagem,
Numa república federativa como é a do Brasil, os estados têm poder para implementar suas próprias políticas.
No entanto, sabemos que na história recente do Brasil, durante o regime militar este federalismo sofreu estancamento pela centralização e o controle exercido pelo poder central.
N a década de 80, período de abertura política e quando então a democracia se fortaleceu com o clamor do povo que saiu às ruas explanando seus desejos após décadas de silêncio, as bases federalistas foram reavivadas e recuperadas.
A oferta educacional brasileira nasceu descentralizada, pois antes do Brasil tornar-se república, as províncias e os municípios já eram responsáveis pelo ensino primário e/ou secundário.
Esta interpretação se manteve após a instalação da república, quando a atuação do governo central nesta esfera poderia até ser um desrespeito segundo alguns pontos de vista.
De lá para cá, a União tem construído uma organização nacional, mas a gestão e financiamento do ensino básico continuam se mantendo como responsabilidades dos estados e municípios.
Já na constituição de 1988 lemos que os sistemas de ensino, federal, estadual e municipal devem ser organizados em regime de colaboração no que se refere à oferta, ao financiamento, ao planejamento e a normatização da educação.
Pela Emenda Constitucional Nº 14/96, a colaboração entre os sistemas deve priorizar o ensino obrigatório (fundamental).
A oferta de educação infantil e ensino fundamental deve ser priorizada pelos municípios, os estados devem priorizar o ensino fundamental e o ensino médio enquanto a União financia a rede pública federal de ensino e presta assistência financeira e técnica aos estados e municípios, garantindo equalização de oportunidades e padrão mínimo de qualidade de ensino.
Quanto ao financiamento, a constituição estabelece que o governo federal deve aplicar na educação 18% e os estados e municípios 25% do impostos recolhidos.
A constituição de 1988 definiu que devem ser elaborados planos plurianuais nacionais de educação e de acordo com a LDB, estados e municípios também devem elaborar planos de educação articulando níveis de ensino, integrando as ações do poder público e com a contribuição dos três níveis governamentais.
Os poderes legislativo, executivo e judiciário participam e interferem na normatização da educação elaborando leis, complementando a legislação existente e julgando sua inconstitucionalidade.
Apesar de estar na lei o regime de colaboração que deve existir entre os sistemas de ensino, ele ainda caminha a passos lentos. O envolvimento dos sujeitos com a educação é quase inexistente se considerarmos o número de pessoas que estão ligadas a educação em todos os sistemas de ensino.
A prática anda ao lado da organização formal da lei em todos os níveis a começar pelas nossas escolas. É tão difícil reunir um grupo que queira discutir e colocar em prática ações que viabilizem um ensino mais cooperativo, interativo, interdisciplinar... E isto somente se agiganta como uma imensa bola de neve ao se afastar da nossa escola e andar para uma esfera municipal, estadual, federal...
Eu não lembro qual o termo usado pela professora Isabel na aula presencial, mas ela instigava que as decisões deveriam ser tomadas debaixo para cima. Pensei numa escola onde pudéssemos pensar e lutar pelos ideais desta comunidade e que as decisões não viessem de cima para baixo. Mas isto é um sonho que só vai acontecer no dia em que nós educadores apesar dos nossos horários complicados criarmos laços afetivos importantes com os alunos e a comunidade onde nos encontramos e acreditar na educação, lutando para que ela realmente aconteça e que através dela possamos ter feito a diferença para que um mundo melhor esteja por vir.
Acredito que somente desta forma com educadores que acreditam no seu potencial e no de seus alunos, vamos conseguir que os sistemas de ensino cooperem entre si e parem com o jogo de empurra, empurra porque nós aceitamos isso, somos inseguros e não acreditamos de verdade como grupo que luta assim como uma mãe luta até o fim sem abandonar seus filhos, por isso é que os sistemas não funcionam... Começa sim por cada um de nós!
Bibliografia
- FARENZENA, Nalú. Federalismo e Descentralização. Porto Alegre, 2007 (mimeo).
- FARENZENA, Nalú. Responsabilidades das esferas de governo para com a educação. Porto Alegre, 2007 (mimeo).
- FARENZENA, Nalú. Sistemas de Ensino. Porto Alegre, 2007 (mimeo).
ETAPAS DA VIDA DESCRITAS POR ERIKSON
COMPORTAMENTOS QUE EVIDENCIAM ESTAS ETAPAS
Confiança x Desconfiança
É quando o bebê aprende a obter o alimento, a higiene. É muito importante o papel da mãe que enquanto amamenta olha seu bebê que procura seu olhar. Esta criança terá confiança que sua mãe cuida, protege, que se afasta mas retorna porque o ama.
Autonomia x Vergonha e Dúvida
A energia da pessoa está voltada para a auto-afirmação. É comum ver crianças desta idade lutando pela posse de um mesmo brinquedo que a poucos minutos estava jogado. É importante nosso posicionamento de negar que a criança faça aquilo que realmente não pode fazer e deixar que ela experimente tudo o que é possível sempre observando limites o que requer atenção contínua de um adulto pois ela está com as habilidades motoras a flor da pele o que faz com que queira experimentar tudo e isto pode causar acidentes.
Iniciativa x Culpa
Etapa da fantasia: meu filho costumava ver anjinhos sentados com ele no carro ou no quarto. Nesta fase é comum o clubinho do Bolinha e da Luluzinha. As crianças separam-se para brincar com os do mesmo sexo. Começam então a fazer perguntas sobre as diferenças sexuais que devem ser respondidas com naturalidade até que a curiosidade esteja satisfeita sem precisar ficar aquém ou ir além
Indústria x Inferioridade
Começo da vida escolar. É hora de produzir, ajustar-se a um novo grupo social. Nesta fase é comum ver alunos que se sobressaem, chegam a ser obsessivos enquanto outros se apagam em detrimento das idéias dos outros. Importante o papel do professor que dá espaço para que todos manifestem sua opinião.
Identidade x Confusão de Papéis
Idade em que as pessoas se identificam com os ídolos chegando a fazer tatuagens, cortes e pintura de cabelo para ficar parecidos com eles, gostam de ficar sempre rodeadas de amigos e questionam a ética dos pais através dos ensinamentos que receberam na infância. É importante que os pais passem aos filhos a certeza de que atitudes de respeito, solidariedade, honestidade são realidade através das suas ações e que não abandonem seus filhos pois é comum os pais dos alunos do 1º Ano irem a escola levá-los todos os dias e os pais dos alunos adolescentes não irem sequer pegar a avaliação dos filhos na escola
Intimidade x Isolamento
É o início da maturidade. É a hora das escolhas que mais tarde farão muita diferença. Aqui a participação dos pais inexiste diretamente pois o indivíduo sozinho é que escolherá a que trabalho produtivo irá se dedicar, com quem irá partilhar suas angústias e alegrias mais íntimas, de quem irá cuidar, para quem irá voltar todos os dias. Conheço um rapaz que tem 34 anos e não consegue se relacionar por muito tempo nem com mulheres e nem com amigos. Acredito que este pode ser um caso em que houve isolamento talvez por uma etapa anterior mal resolvida
Generatividade x Absorção em si mesmo
Aqui é a hora de dar um rumo mais certeiro na vida. É hora de ver se a educação que demos aos filhos funcionou, se o trabalho que escolhemos nos satisfaz profissionalmente, pessoalmente e economicamente e se a pessoa que escolhemos para viver nos satisfaz como pessoa. Eu me senti até aliviada quando li sobre Erikson porque muitas vezes fico me sentindo culpada com relação a minha família já que tenho outros interesses além dela que é o meu maior tesouro sem dúvida. Mas é que me envolvendo em assuntos que dizem respeito ao bem estar na escola por exemplo, quero ver a comunidade onde moro crescer mas crescer não no número de pessoas mas em cultura, educação, qualidade de vida e só consigo visualizar isto se começar pela escola, onde nossos alunos comecem a respeitar, a ajudar mais a si, os outros, a nossa comunidade e juntos possamos construir um futuro melhor para todos aqueles que virão depois de nós e isto é algo que me inquieta, me faz ter energia e não me acomodar
Integridade x Desespero
Neste momento da vida todos nós teremos a certeza do fim mais próximo do que nas outras fases. O que nos tornará reflexivos e poderemos olhar para trás e verificar a qualidade das nossas escolhas. Aqui eu vejo meus paizinhos que já são bem velhinhos e sempre dizem que são muito felizes pois têm 11 filhos vivos, honestos, trabalhadores, que deram-lhes netos e bisnetos os quais só lhes dão alegrias.
entados com ele no carro ou no quarto. Nesta fase é comum o clubinho do Bolinha e da Luluzinha. As crianças separam-se para brincar com os do mesmo sexo. Começam então a fazer perguntas sobre as diferenças sexuais que devem ser respondidas com naturalidade até que a curiosidade esteja satisfeita sem precisar ficar aquém ou ir além
Indústria x Inferioridade
Começo da vida escolar. É hora de produzir, ajustar-se a um novo grupo social. Nesta fase é comum ver alunos que se sobressaem, chegam a ser obsessivos enquanto outros se apagam em detrimento das idéias dos outros. Importante o papel do professor que dá espaço para que todos manifestem sua opinião.
Identidade x Confusão de Papéis
Idade em que as pessoas se identificam com os ídolos chegando a fazer tatuagens, cortes e pintura de cabelo para ficar parecidos com eles, gostam de ficar sempre rodeadas de amigos e questionam a ética dos pais através dos ensinamentos que receberam na infância. É importante que os pais passem aos filhos a certeza de que atitudes de respeito, solidariedade, honestidade são realidade através das suas ações e que não abandonem seus filhos pois é comum os pais dos alunos do 1º Ano irem a escola levá-los todos os dias e os pais dos alunos adolescentes não irem sequer pegar a avaliação dos filhos na escola
Intimidade x Isolamento
É o início da maturidade. É a hora das escolhas que mais tarde farão muita diferença. Aqui a participação dos pais inexiste diretamente pois o indivíduo sozinho é que escolherá a que trabalho produtivo irá se dedicar, com quem irá partilhar suas angústias e alegrias mais íntimas, de quem irá cuidar, para quem irá voltar todos os dias. Conheço um rapaz que tem 34 anos e não consegue se relacionar por muito tempo nem com mulheres e nem com amigos. Acredito que este pode ser um caso em que houve isolamento talvez por uma etapa anterior mal resolvida
Generatividade x Absorção em si mesmo
Aqui é a hora de dar um rumo mais certeiro na vida. É hora de ver se a educação que demos aos filhos funcionou, se o trabalho que escolhemos nos satisfaz profissionalmente, pessoalmente e economicamente e se a pessoa que escolhemos para viver nos satisfaz como pessoa. Eu me senti até aliviada quando li sobre Erikson porque muitas vezes fico me sentindo culpada com relação a minha família já que tenho outros interesses além dela que é o meu maior tesouro sem dúvida. Mas é que me envolvendo em assuntos que dizem respeito ao bem estar na escola por exemplo, quero ver a comunidade onde moro crescer mas crescer não no número de pessoas mas em cultura, educação, qualidade de vida e só consigo visualizar isto se começar pela escola, onde nossos alunos comecem a respeitar, a ajudar mais a si, os outros, a nossa comunidade e juntos possamos construir um futuro melhor para todos aqueles que virão depois de nós e isto é algo que me inquieta, me faz ter energia e não me acomodar
Integridade x Desespero
Neste momento da vida todos nós teremos a certeza do fim mais próximo do que nas outras fases. O que nos tornará reflexivos e poderemos olhar para trás e verificar a qualidade das nossas escolhas. Aqui eu vejo meus paizinhos que já são bem velhinhos e sempre dizem que são muito felizes pois têm 11 filhos vivos, honestos, trabalhadores, que deram-lhes netos e bisnetos os quais só lhes dão alegrias.
Bibliografia:
AS OITO IDADES DO HOMEM, segundo Erik Erikson, por David Elkind
Gestão Democrática da Educação e Gestão da Educação Escolar
A organização escolar vem sofrendo modificações através do avanço das questões democráticas debatidas, pois a democracia foi e ainda está aos poucos se desenvolvendo criando novas formas de relações entre as pessoas, pois para que a democracia realmente se instale, é necessário que todos os agentes sejam pessoas informadas, participativas, envolvidas com as questões sociais e que este envolvimento seja comprometido com o todo e não apenas com uma parte ou outra. Como se vê, apesar da palavra democracia estar no centro de muitos debates, a sua concepção ainda está longe de ser vivenciada.
Numa perspectiva democrática a organização escolar deve envolver toda a comunidade escolar, que deve escolher seus representantes na direção da escola, no conselho escolar, no grêmio estudantil, na Associação de Pais e Mestres. Estes ativamente precisam planejar, participar das atividades, avaliar e garantir que as normas, as práticas sociais sejam cumpridas sempre através de práticas transparentes, abertas e diretas que permitam a todos os agentes questionar, compreender e interceder pela escola em toda a comunidade.
Na escola onde eu trabalho temos pais comprometidos e omissos, alunos responsáveis e relapsos e professores e professores... como em todos os lugares, nada é perfeito! Temos CPM, Conselho Escolar e escolhemos nossa atual diretora através de eleição(era a única candidata). Mas ainda caminhamos longe de uma gestão democrática. Não porque tenhamos uma escola autoritária, bem pelo contrário, a insegurança, a permissividade sem o compromisso, sem normatização, sem o envolvimento são atitudes que me incomodam muito. Nas reuniões acontecem as prestações de contas, as escolhas do que fazer com o dinheiro, mas falta diálogo quanto a organização da vida funcional, escolar e de dinâmicas de organização do ensino.
Nosso Plano parece um poema de tão lindo. Mas a prática de sala de aula e a participação dos pais muitas vezes deixa a desejar, até por falta de solicitação.
Acredito que somente juntos possamos criar normas claras e diretas através da participação de todos e exigir o cumprimento delas com segurança.
Bibliografia
A Gestão Democrática como Modelo Institucionalizado de Administração da Educação
O Estado moderno: da gestão patrimonialista à gestão democrática
Construção da Gestão Democrática do Ensino Público – contexto histórico.
Uma pessoa adulta em primeiro lugar é responsável por seus atos e deve responder por eles. Portanto o autocontrole é imprescindível pois se todos começarmos a agir impulsivamente, como adolescentes penso que o mundo será um verdadeiro caos.
Para ser adulto não basta ter idade, mas saber lidar com as tristezas e alegrias que a vida proporcionar. Quando falo em alegrias me refiro a conquistas que alguns profissionais alcançam, ganham prestígio e dinheiro rapidamente mas não tem estrutura emocional e nem praticidade para saber o que fazer. Estes são justamente os desafios da vida adulta: conseguir um emprego, viver e cuidar com dignidade das pessoas que amamos.
Certa vez meu pai me disse que ganhar dinheiro era fácil, difícil era saber gastá-lo. Naquele momento achei que ele estava menosprezando todo o meu cansaço após um mês de trabalho e meu primeiro contracheque. Hoje entendo que o trabalho é a melhor coisa que pode nos acontecer pois nos ocupa, nos dignifica e nos faz sentir importantes e úteis.
Acho que não tem outra forma de aprender senão participando da construção do próprio conhecimento. Meu pai tinha razão: é difícil por exemplo saber gastar o dinheiro que ganhamos, definir prioridades, quando todas são importantes... é mesmo... ele tinha razão! Mas só podemos aprender fazendo, errando, tentando acertar de novo, consertando, refazendo...
Destaco como indicador de gestão democrática “ACESSO DA COMUNIDADE ESCOLAR ÀS DECISÕES NA GESTÃO DA ESCOLA”
A comunidade escolar deve participar das discussões e decisões. Cada um tem direito a expor suas idéias e expressar sua opinião, discutir prioridades e colaborar desde a construção do planejamento até a execução dos projetos.
O processo decisório deve ser um compartilhamento de idéias e opiniões, de modo que permita aos alunos sua emancipação social exercitando desde sempre sua capacidade de entender o outro com suas capacidades e diferenças e flexibilizar suas opiniões permitindo relações mais justas e igualitárias e o exercício pleno de cidadania. Na gestão democrática todos têm prioridade, porque a valorização é da idéia, da construção, da participação...
Destaco como indicador de gestão patrimonialista “UTILIZAÇÃO PESSOAL E/OU PRIVADA DE INFORMAÇÕES SOBRE A GESTÃO ADMINISTIVA, FINANCEIRA E PEDAGÓGICA DA ESCOLA”
A comunidade onde a escola está inserida não tem a menor importância para os gestores que definem critérios e tomam decisões conforme suas vontades, suas prioridades, suas preferências inexistindo consulta a comunidade escolar que apenas acata as decisões do gestor, sendo que os resultados são encobertos e as pessoas não exercem suas capacidades de criação, envolvimento, participação apenas obedecem. Este tipo de gestão trabalha em benefício de poucos privilegiados que têm algum grau de parentesco, amizade ou fidelidade com o gestor.
Gestão democrática
# ACESSO DA COMUNIDADE ESCOLAR ÀS DECISÕES NA GESTÃO DA ESCOLA
# TRANSPARÊNCIA NA PRESTAÇÃO DE CONTAS
# ACESSO À INFORMAÇÃO PELA COMUNIDADE ESCOLAR
# INEXISTÊNCIA DE INSTRUMENTOS DE CONTROLE SOCIAL DO PODER NA GESTÃO DA ESCOLA
# MEDIAÇÕES INSTITUCIONAIS ENTRE SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E ESCOLA
# UTILIZAÇÃO DA ESCOLA COMO ESPAÇO PÚBLICO
# CRITÉRIOS IMPESSOAIS, OBJETIVOS E UNIVERSAIS NA GESTÃO DOS RECURSOS DA ESCOLA
# EQUIVALÊNCIA ENTRE DECISÕES E REALIDADE SOCIAL DA ESCOLA
Gestão patrimonialista
# UTILIZAÇÃO DA ESCOLA COMO ESPAÇO PRIVADO
# EXISTÊNCIA DE INSTRUMENTOS DE CONTROLE SOCIAL DO PODER NA GESTÃO DA ESCOLA
# CRITÉRIOS PESSOAIS E/OU PARTICULARISTAS NA GESTÃO DOS RECURSOS DA ESCOLA
# DISPARIDADE ENTRE AS DECISÕES E A REALIDADE SOCIAL DA ESCOLA
# UTILIZAÇÃO PESSOAL E/OU PRIVADA DE INFORMAÇÕES SOBRE A GESTÃO ADMINISTIVA, FINANCEIRA E PEDAGÓGICA DA ESCOLA
# AUSÊNCIA DE MEDIAÇÕES INSTITUCIONAIS ENTRE A ESCOLA E ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS DO SISTEMA DE ENSINO
# UTILIZAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA PARA OBTER ACESSO PRIVILEGIADO ÀS DECISÕES
# AUSÊNCIA DE TRANSPARÊNCIA NA PRESTAÇÃO DE CONTAS
# BUROCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO
ITENS BASEADOS EM: BATISTA, Neusa Chaves (2002). Democracia e Patrimonialismo: dois princípios em confronto na gestão da escola pública municipal de Porto Alegre. POA/UFRGS/PPGS (Dissertação de Mestrado)
domingo, 23 de novembro de 2008
CONCEITOS BÁSICOS
DEMOCRACIA
Conjunto de procedimentos para a formação de um governo, baseado fundamentalmente na escolha de representantes por meio do voto, obedecendo-se os critérios construídos para esta escolha e a noção de igualdade de peso entre todos os votantes.
ESTADO:
Base da organização moderna que se configura nas instituições públicas governamentais organizadoras de todo o aparato político, representativo, econômico e jurídico da sociedade.
GLOBALIZAÇÃO
Fenômeno que permite a universalização do acesso a meios de comunicação mas não reduziu a pobreza e a desigualdade social, também têm influência no crescimento e desenvolvimento econômico dos países pois permite a interdependência de mercados e produtores de diferentes países; processo de criação de um mercado mundial.
PARTICIPAÇÃO:
É a nossa associação a alguma idéia ou fim. No Brasil, os anos 1980 foram marcados pela abertura política e momento de grande participação popular e de organização da sociedade na luta pelos seus direitos. E quando estava avançando alguns passos na participação popular, sofreu o impacto das estratégias(que já estavam em curso no resto do mundo) do capital para superação da sua crise(neoliberalismo,globalização) e que vinham em sentido contrário a esse movimento. “Somente aprendemos o que é participar, participando”.
NEOLIBERALISMO
Doutrina econômica que defende a absoluta liberdade de mercado mas na prática as condições não são ideais: a competição não é completamente livre, os consumidores não são perfeitamente informados e a produção e o consumo podem gerar custos sociais.
Designa a opção política de governos que defendem a necessidade de retirada da ação do Estado de determinadas áreas a fim de que se possa investir em outras, mais prioritárias.
POLÍTICA
Termo que indica os procedimentos relativos ao Estado em determinados momentos. A política acabou sofrendo pressões nos últimos anos, pois o neoliberalismo e a globalização usados como estratégia de superação da crise do capitalismo acabaram atropelando nosso momento de abertura política e ficamos com uma política social sem direitos sociais . Conjunto dos princípios e dos objetivos que servem de guia a tomadas de decisão e que fornecem a base da planificação de atividades em determinado domínio
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
É a arte de proceder de forma a ampliar a democratização da educação. A autonomia da escola, a eleição de diretores, o conselho escolar são alguns pilares que sustentam a gestão democrática, mas não são suficientes para mudar nossa cultura autoritária. Precisamos rever aspectos como: ampliou-se o acesso, a permanência, o conhecimento? Melhorou o financiamento da educação? A valorização do Magistério? Equiparam-se as escolas? Temos pessoal para atender a todos os alunos em todos os setores que uma escola de qualidade deve atender? Isto é, a política educacional deve ir além dos índices quantitativos.
Conjunto de iniciativas de um governo destinadas a influenciar as decisões dos agentes educacionais, no sentido da concretização de determinados objetivos.
POLÍTICAS PÚBLICAS
Ações que se relacionam com o que é do povo. Com o diagnóstico de que toda a crise é culpa do Estado e que mercado é sinônimo de eficiência, este Estado em crise não deve executar políticas que asseguram os direitos universais dos cidadãos, então repassa parte do financiamento a sociedade civil e avalia. Cabe a nós questionar: que eficiência? Para quem?Executada por quem?Quem é o responsável?
Tomada de posição por parte dos governos com base em argumentos políticos, religiosos, morais ou económicos para solucionar problemas.
Bibliografia:
Texto “POLÍTICA PÚBLICA E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO ESTADO” de Vera Maria Vidal Peroni
http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx
Comentários sobre a aprendizagem referente aos conceitos estruturantes.
EU ACREDITAVA QUE O NEOLIBERALISMO ERA UMA MARAVILHA JÁ QUE DAVA LIBERDADE DE COMERCIALIZAR COM QUEM SE QUISESSE.
DESCOBRI, ATRAVÉS DO TEXTO LIDO QUE NÃO É BEM ASSIM POIS A PARTICIPAÇÃO POPULAR ACABA E O POVO FICA APENAS ESPERANDO O ASSISTENCIALISMO E O ESTADO APENAS CONTROLA. SERÁ? NESTE REPASSE DE DINHEIRO PRÁ LÁ E DEVOLVE PRÁ CÁ É QUE FICAM MILHÕES PERDIDOS PELO CAMINHO. OUTRO PAPEL DO ESTADO É O DE AVALIADOR MAS O QUE É FEITO COM O RESULTADO DESTA AVALIAÇÃO. QUAIS POLÍTICAS SERÃO NECESSÁRIAS FRENTE AO DIAGNÓSTICO DESTE ESTADO AVALIADOR?
A GLOBALIZAÇÃO É OUTRO CONCEITO BEM LINDO QUE EU TINHA NA MINHA CABEÇA ONDE HAVIA A TROCA ENTRE TODAS AS CULTURAS, NAÇÕES, DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO...SÓ QUE A PARTE ECONÔMICA E POLÍTICA EU NUNCA TINHA QUESTIONADO POIS A QUEM INTERESSA ESTA GLOBALIZAÇÃO JÁ QUE NÃO DIMINUIU A FOME E A DESIGUALDADE SOCIAL E AS DÍVIDAS INTERNA E EXTERNA VEM AUMENTANDO E A IDEOLOGIA DO FAVOR PROLIFERANDO?
SERÁ MESMO QUE O MERCADO É MAIS EFICIENTE QUE O ESTADO? DE LÁ PARA CÁ QUAIS AS MELHORIAS QUE OBTIVEMOS EM TERMOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS, DEMOCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE, QUAL A PARTICIPAÇÃO EFETIVA QUE TEMOS FRENTE AS DECISÕES TOMADAS EM NOSSO NOME?
ACREDITO TAMBÉM QUE TEREMOS QUE MUDAR NOSSA CABEÇA E DEIXAR DE OLHAR PARA NOSSO PRÓPRIO UMBIGO E TOMAR PARTE DAS DECISÕES QUE COMPETEM A NOSSA SOCIEDADE MAIS PRÓXIMA, VER DE QUE FORMA ESTES CONCEITOS ESTRUTURANTES AFETAM O NOSSO MUNDO DIÁRIO DENTRO DA ESCOLA, DA FAMÍLIA, DO BAIRRO E OUTRAS ASSOCIAÇÕES PRÓXIMAS A NÓS.
VEREMOS QUE A DISPARIDADE DO MUNDO CAPITALISTA TER ATROPELADO NOSSA CAMINHADA DEMOCRÁTICA TEM A VER COM A NOSSA PRÓPRIA ACOMODAÇÃO. A REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO ESTADO COMEÇA POR NÓS. DENTRO DAS NOSSAS ESCOLAS QUANDO PARTICIPAMOS E BUSCAMOS JUNTO A OUTROS SEGMENTOS PARCERIAS QUE VISEM UMA MAIOR DEMOCRATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO, QUANDO NOSSO ALUNO TORNA-SE NOSSO PARCEIRO JUNTO COM SEUS PAIS E AMIGOS A ESCOLA ACABA SENDO UM LUGAR BOM DE SE FICAR, APRENDER, CRESCER ...QUANDO BUSCAMOS UMA ESCOLA DE MELHOR QUALIDADE, EQUIPADA E ESTRUTURADA PARA QUE O CONHECIMENTO SEJA REALMENTE CONSTRUÍDO E QUE OS ALUNOS TENHAM PRAZER EM ESTAR NUM ESPAÇO VERDADEIRAMENTE DEMOCRÁTICO ONDE TODOS SAIBAM E POSSAM SE POSICIONAR E QUE NÃO SEJA APENAS UM LUGAR ONDE OS ÍNDICES QUANTITATIVOS SEJAM A ÚNICA META A ALCANÇAR.